terça-feira, 5 de abril de 2011

O menino que matou a sede de meio milhão de africanos.


Esta história comovente é digna de ser conhecida no mundo inteiro onde infelizmente ainda existe tanta miséria e desigualdade no seio da Humanidade num planeta que é de todos mas só alguns têm demais pouco se importando que outros tenham de menos. Ryam Hrelejac, nascido no Canadá em 1991, era um menino de 6 anos de idade quando ouviu sua professora falar sobre como viviam as crianças em África e se comoveu ao saber que muitas morriam de sede por não terem água suficiente devido a secas e falta de poços. Ryan perguntou à professora quanto custava levar água a esses meninos que viviam longe e ele nada podia fazer para ajudar. A professora se enterneceu com sua preocupação e se lembrou de uma organização chamada WaterCan, dedicada ao tema, e lhe disse que um pequeno poço poderia custar cerca de 70 dólares, pensando talvez que satisfazia assim a curiosidade do menino que na verdade não desistiu da ideia de arranjar dinheiro para construir um poço para as crianças africanas. Falou com sua mãe que ficou tão sensibilizada com o desejo de seu filho que resolveu dar-lhe algumas tarefas para ele fazer a fim de ganhar seu dinheiro conscientemente e fosse entendendo o valor de seu gesto humano que precisava de fazer alguns sacrifícios para o concretizar. Então ia ganhando alguns dólares por semana que sua mãe dava até ao dia em que conseguiu juntar todo o dinheiro que a professora tinha falado, pedindo depois à sua mãe que o acompanhasse à sede da WaterCan para comprar o poço para os meninos de África. Claro que o custo real não era aquele e sim 2.000 dólares, tal como informaram que custava a perfuração, e Susan sua mãe lhe falou que era um sonho impossível de realizar, pois não tinha tanto dinheiro para dar. Porém, Ryam não se rendeu e prometeu àquele homem que arranjaria o dinheiro, fazendo-o sorrir, e sua mãe abraçou seu filho carinhosamente levando-o para casa. A história do menino ficou sendo conhecida no bairro inteiro onde morava e viam-no fazer recados todos os dias para ganhar algum dinheiro. A família, os amigos e vizinhos ficaram todos contagiados com a determinação de uma crianças de 6 anos que tinha o desejo de arranjar 2.000 dólares para mandar fazer um poço em África para matar a sede a outras crianças e se juntaram no mesmo objectivo. Ryan sentiu-se cativado por seu novo amigo e pediu a seus pais para ir vê-lo. Com um grande esforço econômico de sua parte, os pais pagaram sua viagem a Uganda e Ryan, no ano 2000, chegou ao povoado onde havia sido perfurado seu poço. Centenas de meninos dos arredores formavam um corredor e gritavam seu nome. "Sabem meu nome aqui?", perguntou Ryan. - Sim, toda a gente que vive 100 quilômetros em redor sabe, respondeu ele. Hoje em dia Ryan, com 19 anos de idade, tem sua própria fundação e conseguiu levar mais de 400 poços a África. Encarrega-se também de proporcionar educação e de ensinar aos nativos a cuidar dos poços e da água. Recolhe doações de todo o mundo e estuda para ser engenheiro hidráulico.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

"Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."

Em 2000, Cristovam Buarque  publicou o artigo A internacionalização do Mundo. O texto correu o mundo e foi traduzido para diversos idiomas. Onze anos se passaram e o texto continua atual e na minha opinião seria bom que todos os brasileiros entendessem o que está escrito. Não é a banalização da preservação da natureza e sim a transformação dela num direito e dever de todos os brasileiros , assim como fazem os outros países com o que eles julgam como suas maiores riquezas.

O Globo-10/10/2000- Cristovam Buarque


Fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia, durante um debate, nos Estados Unidos. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha. De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia é para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da humanidade.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, possa ser manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada.
Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.


Cristovam Buarque, Doutor em Economia e Professor do Departamento de Economia da UnB (Universidade de Brasília). Foi governador do Distrito Federal pelo PT (1995-98). É o autor, entre outras obras, de "A Segunda Abolição" (editora Paz e Terra).

sábado, 2 de abril de 2011



Se pensarmos bem a vida é igual as quatro estações, você tem grandes amizades e é aquela alegria e comemoração (verão), com o tempo as amizades vão para outros caminhos e são separados por diversos assuntos (outono), ai chega a época que você tem poucos amigos, mas eles são o suficiente para te “aquecer” dos seus problemas (inverno) dando sequência para uma enorme alegria (primavera)

- Gabriel Melo

Um viva à hipocrisia!

Esse texto não é meu achei ele assim que comecei a usar o orkut e até hoje eu lembro.

Um viva à hipocrisia!

E lá vamos nós!

Vamos fazer uma festa cristã todo dia 25 de dezembro e depois fornicar com desconhecidos atrás do trio-elétrico no começo fevereiro...
Vamos nos orgulhar de nossa raça a cada dia 20 de novembro e fazer chapinha no cabelo todos os outros dias o ano inteiro...
Vamos parar um pouco de reclamar de quem se mete na vida dos outros, pois o Big Brother vai começar...
Vamos nos dar o direito de falar mal do nosso governo, mesmo sem saber o nome do vice-presidente do país! (Aposto que você não sabe!)...
Pois o que nós prezamos é respeito e boa conduta, fazemos da vida de uma puta um best-seller nacional...
Mas não vamos sair hoje não, com o tráfico financiando, a criminalidade aumenta cada vez mais. Vamos ficar em casa... e acender um baseado. . .

Isso aí!!!

UM VIVA À HIPOCRISIA!

Você pode ser quem você quiser, na hora que bem entender, se algo der errado, alegue incompetência. Ninguém contestará sua pureza se vc casar de branco. (nem mesmo você!)
Afinal... somos todos hipócritas

(Texto de Fernando Heanna)