domingo, 23 de dezembro de 2012

Voltei, aqui é o meu lugar.

Muitos foram os motivos que me mantiveram longe desse espaço. 2012 foi um ano decisivo, e acho que daqui pra frente tudo que acontecer terá sido plantado nesse ano que para muitos foi apocalíptico. Volto a escrever, talvez com mais maduridade e sobriedade. Tendo confirmado alguns pontos de vistas e descoberto novos caminhos. Sem dúvidas não há escola melhor do que a vida ( Por mais que isso pareça clichê ao extremo). É ela quem nos dá embasamento para escrever, é dela que tiramos tudo aquilo que precisamos para descrever sentimentos e situações. Agora me sinto, digamos assim, mais vivido e preparado. Conheci novas pessoas, descobri as antigas e me mantive ao lado das que do meu lado não saíram. É claro que não me orgulho de tudo que fiz durante esse 2012, mas não me arrependo. Erros e acertos são inatos a vida humana, a diferença é o que fazemos com cada um deles. Eu decidi aprender. Nossos erros nos mostram quem realmente somos e nos levam a lugares desconhecidos, para que depois do leite derramado, possamos ter o conhecimento de como funcionam as coisas. E assim vamos criando experiência e nos tornando mais exigentes quando da escolha de novos erros. É isso Revolucionários, estou de volta! Desejo a todos vocês um feliz natal, repleto de felicidade e um prospero e emocionante 2013.

sábado, 31 de dezembro de 2011

         Bom, desejo a todos um ótimo 2012. Que ele venha com mais de 2012 motivos para rir, chorar e se emocionar. Que possamos renovar nossos votos e agradecer por esse ano que se acaba. Que possamos entender que 365 dias são muito pouco e que devemos fazer de cada dia uma vida inteira. Por isso corra riscos, cante, dance , brigue, grite ..viva. Deixe tudo de ruim e tente novas coisas. 




Quero desejar felicidades e muita diversão. Galera, o tempo não pára e nem espera por ninguém. Faça cada dia valer a pena, fala de cada manhã um começo e seja feliz. Feliz 2012 o/

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O "pra sempre" sempre acaba......


       Somos idiotas quando pensamos que a “verdadeira amizade” transcende o tempo e a distância. O caro leitor poderia,e certamente irá, argumentar que se ela,a amizade, não transcendeu o tempo e não foi capaz de resistir a distância, é por que não era a tão bem vista e almejada “ amizade verdadeira ”.
                      Mas o fato de não nos comunicarmos mais com um antigo amigo,ou amigo antigo, não apaga e nem desfaz as lembranças dos dias em que a “verdadeira amizade” ainda pairava sobre nós. A veracidade da amizade está nos momentos, está no passado. O futuro? Talvez cada um siga seu rumo, pela distância parem de se falar e quando, por ventura, se encontrarem de novo serão apenas conhecidos que compartilham de uma “verdadeira amizade” que está retida e guardada nas lembranças de cada um.
                   É preciso dizer que cobrar de um indivíduo, que você não vê há 2 ,3 ou 10 anos, a mesma amizade, lealdade, confiabilidade, e todas as outras qualidades atribuídas a bons amigos, é no mínimo ingênuo. O que se pode querer é que esse indivíduo tenha o mesmo saudosismo que nós temos quando lembramos dos passados tempos.Tempos onde a verdade da amizade reinava
                  “ Que o pra sempre, sempre acaba “. É uma verdade básica e o poeta soube exemplificá-la bem em sua música. Mas o que fazer quanto a tendencia apocalíptica das relações humanas e seus efeitos? O passo inicial é deixar de ter tantas expectativas sobre as coisas e nem depositar nosso bem-estar e felicidade nos outros.
                    Ter plena consciência de que o tal do “pra sempre” sempre vai acabar de alguma forma e que se quisermos ter verdadeiros amigos temos que estar preparados para tratar da “verdadeira amizade “ como algo que tem começo,meio e fim. Às vezes esse ciclo dura apenas um dia e é por isso que precisamos tratar dessa amizade como uma fênix que morre,sim, mas que em meio as dificuldades e impossibilidades ressurge a cada dia. Só depende de nós.
 E você, já viu como anda a sua fênix hoje?       









terça-feira, 9 de agosto de 2011

Amputações - Martha Medeiros

Estamos falando de tudo que é nosso, mas que teve que deixar de ser na marra, em troca da nossa sobrevivência emocional

Quando o filme 127 Horas estreou no cinema, resisti à tentação de assisti-lo. Achei que a cena da amputação do braço, filmada com extremo realismo, não faria bem para meu estômago. Mas agora que saiu em DVD, corri para a locadora. Em casa eu estaria livre de dar vexame.

Quando a famosa cena se iniciasse, bastaria dar um passeio até a cozinha, tomar um copo d´água, conferir as mensagens no celular, e então voltar para a frente da TV quando a desgraceira estivesse consumada. Foi o que fiz.

O corte, o tão famigerado corte, no entanto, faz parte da solução, não do problema. São cinco minutos de racionalidade, bravura e dor extremas, mas é também um ato de libertação, a verdadeira parte feliz do filme, ainda que tenhamos dificuldade de aceitar que a felicidade pode ser dolorosa. É muito improvável que o que aconteceu com o Aron Ralston da vida real (interpretado no filme por James Franco) aconteça conosco também, e daquele jeito.

Mas, metaforicamente, alguns homens e mulheres conhecem a experiência de ficar com um pedaço de si aprisionado, imóvel, apodrecendo, impedindo a continuidade da vida. Muitos tiveram a sua grande rocha para mover e, não conseguindo movê-la, foram obrigados a uma amputação dramática, porém necessária.

Sim, estamos falando de amores paralisantes, mas também de profissões que não deram retorno, de laços familiares que tivemos de romper, de raízes que resolvemos abandonar, cidades que deixamos. De tudo que é nosso, mas que teve que deixar de ser, na marra, em troca da nossa sobrevivência emocional. E física, também, já que insatisfação é algo que debilita.

Depois que vi o filme, passei a olhar para pessoas desconhecidas me perguntando: qual será a parte que lhes falta? Não o “Pedaço de Mim” da música do Chico Buarque, aquela do filho que já partiu, mutilação mais arrasadora que há, mas as mutilações escolhidas, o toco de braço que tiveram que deixar para trás a fim de começarem uma nova vida.

Se eu juntasse alguns transeuntes, aleatoriamente, duvido que encontrasse um que afirmasse: cheguei até aqui sem nenhuma amputação autoprovocada. Será? Talvez seja um sortudo. Mas é mais provável que tenha faltado coragem.

Às vezes o músculo está estendido, espichado, no limite: há um único nervo que nos mantém presos a algo que não nos serve mais, porém ainda nos pertence. Fazer o talho sangra. Machuca. Dói de dar vertigem, de fazer desmaiar. E dói mais ainda porque se sabe que é irreversível. A partir dali, a vida recomeçará com uma ausência.

Mas é isso ou morrer aprisionado por uma pedra que não vai se mover sozinha. O tempo não vai mudar a situação. Ninguém vai aparecer para salvá-lo. 127 horas, 2.300 horas, 6.450 horas, 22.500 horas que se transformam em anos.

Cada um tem um cânion pelo qual se sente atraído. E um cânion do qual é preciso escapar.

(Revista O Globo 7/08/11)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A man needs to travel.....

"A man needs to travel. On his own, not through stories, images, books or TV. Needs to travel by himself, with his own eyes and feet, to understand what belongs to him. To some day plant his own trees and give them value. Experience the cold to enjoy the heat. And the opposite. Experience the distance and the lack of shelter to be able to feel good under your own's. A man needs to travel to places he has never been to, to be able to bend this arrogance which makes us see the world the way we wonder, and not simply the way it is or could be. That makes us teachers and doctors of what we have never seen, when we should be just learners, and simply go see it."

Amyr Klink
(brazilian adventurer and writer, from the book "Endless Sea")